III. It's Hard To Get Old Without A Cause.



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Nascemos (é um azar comum),
envelhecemos mal,
temos dúvidas e dívidas sobre as quais ninguém 
- mesmo que se lhe chame Deus - responde.
 Manuel de Freitas
 
III. 
Forever Young - Youth Group. 
Forever young, ..I want to be forever young
 Do you really want to live forever, ..forever, forever?
 


..

II. When Adolfo Meets Chan's Power.



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Take a music bath once or twice a week, for a few seasons.
Oliver Wendell Holmes
 
II. 

1º Tomo. 
A tua morte é sempre nova em mim.
Não amadurece. Não tem fim.
Se ergo os olhos dum livro, de repente
tu morreste.
Acordo, e tu morreste.
Sempre, cada dia, cada instante,
a tua morte é nova em mim,
sempre impossível.


E assim, até à noite final
irás morrendo a cada instante
da vida que ficou fingindo vida.
Redescubro a tua morte como outros
redescobrem o amor,
porque em cada lugar, cada momento,
tu estás viva.
(...)

Não é tanto a saudade que dói, mas o remorso.
O remorso de todo o perdido em nossa vida,
coisas de antes e depois, coisas de nunca,
palavras mudas para sempre, um gesto
que sem remédio jamais teve destino,
o olhar que procura e nunca tem resposta.


O único presente verdadeiro é teres partido.




2º Tomo.




1. "A Tua Morte Em Mim" - Adolfo Casais Monteiro 
2. "Good Woman" - Cat Power

I. Introducing The Beast, seguida de O Belo.



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I. ..Lili & O Americano - J.P. Simões 
Eu não sei de onde sai 
tanta gente a precisar de um coração 
que me toma por um anjo,
 nem pergunta se eu desejo ..a sua afeição.
 



Do Marketing Amoroso.



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The difference between Marketing, PR, Advertising and Branding 
Image courtesy of Neutron, LLC. 
VIA There's A Pea Under My Bed.

Weirdos.



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© Learn Something Every Day.

Lugar Lugares.



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Era uma vez um pequeno inferno e um pequeno paraíso, e as pessoas andavam de um lado para outro, e encontravam-nos, a eles, ao inferno a ao paraíso, e tomavam-nos como seus, e eles eram seus de verdade. As pessoas eram pequenas, mas faziam muito ruído. E diziam: é o meu inferno, é o meu paraíso. E não devemos malquerer às mitologias assim, porque são das pessoas, e neste assunto de pessoas, amá-las é que é bom. E então a gente ama as mitologias delas. A parte isso o lugar era execrável. As pessoas chiavam como ratos, e pegavam nas coisas e largavam-nas, e pegavam umas nas outras e largavam-se. Diziam: boa tarde, boa noite. E agarravam-se, e iam para a cama umas com as outras, e acordavam. Às vezes acordavam no meio da noite e agarravam-se freneticamente. Tenho medo – diziam. E depois amavam-se depressa, e lavavam-se, e diziam: boa noite, boa noite. Isto era uma parte da vida delas, e era uma das regiões (comovedoras) da sua humanidade, e o que é humano é terrível e possui uma espécie de palpitante e ambígua beleza. E então a gente ama isto, porque a gente é humana, e amar é bom, e compreender, claro, etc. E no tal lugar, de manhã, as pessoas acordavam. Bom dia, bom dia. E desatavam a correr. É o meu inferno, o meu paraíso, vai ser bom, vai ser horrível, está a crescer, faz-se homem. E a gente então comove-se, e apoia, e ama. Está mais gordo, mais magro. E o lugar começa a ser cada vez mais um lugar, com as casas de várias cores, as árvores, e as leis, e a política. Porque é preciso mudar o inferno, cheira mal, cortaram a água, as pessoas ganham pouco – e que fizeram da dignidade humana? As reivindicações são legítimas. Não queremos este inferno. Dêem-nos um pequeno paraíso humano. Bom dia, como está? Mal, obrigado. Pois eu ontem estive a falar com ela, e ela disse: sou uma mulher honesta. E eu então fui para o emprego e trabalhei, e agora tenho algum dinheiro, e vou alugar uma casa decente, e nosso filho há-de ser alguém na vida. E então a gente ama, porque isto é a verdadeira vida, palpita bestialmente ali, isto é que é a realidade, e todos juntos, e abaixo a exploração do homem pelo homem. E era intolerável. Ouvimos dizer que numa delas, o pequeno inferno começou a aumentar por dentro, e ela pôs-se silenciosa e passava os dias a olhar para as flores, até que elas secavam, e ficava somente a jarra com os caules secos e água podre. Mas o silêncio tornava-se tão impenetrável que os gritos dos outros, e a solícita ternura, e a piedade em pânico – batiam ali e resvalavam. E então a beleza florescia naquele rosto, uma beleza fria e quieta, e o rosto tinha uma luz especial que vinha de dentro como a luz do deserto, e aquilo não era humano – diziam as pessoas. Temos medo – pensavam. E o ruído delas caminhava para trás, e as casas amorteciam-se ao pé dos jardins, mas é preciso continuar a viver. E havia o progresso. Eu tenho aqui, meus senhores, uma revolução. Desejam examinar? Por este lado, se fazem favor. Aí à direita. Muito bem. Não é uma boa revolução? Bem, compreende…claro, é uma belíssima revolução. E é barata? Uma revolução barata?! Não, senhor, esta é uma verdadeira revolução. Algumas vidas, alguns sacrifícios, alguns anos, algumas. É um bocado cara. Mas de boa qualidade, isso. E o rosto que se perdera, que possivelmente caíra do corpo e rolara debaixo das mesas, o rosto? Lembras-te? Como foi que ficou assim? Não sei: tinha uma luz. Sim, lembro-me: parecia uma flor que apodrecesse friamente. Era terrível. Boa noite. E ela trazia um vestido de seda branca, e nesse dia fazia dezoito anos, e estava queimada pelo sol, e era do signo da balança, e tomou os comprimidos todos, e acabou-se. Não compreendo. E julgas tu que eu compreendo? Quem pode compreender? Ela era a própria força, aquela irradiante virtude da alegria, aquele fulgor radical…, compreendes? Sim, sim. Tinha um vestido de seda, e era nova, e então acabou-se. Para diante, para diante. Não se deve parar. Enforquem-nos, a esses malditos banqueiros. Este vai ter trinta e cinco andares, será o mais alto da cidade. Por pouco tempo, julgo eu. Como? Sim, vão construir um com trinta e seis, ali à frente. Remodelemos o ensino. Cantemos aquela canção que fala da flor da tília. Bebamos um pouco. E outro, o que viu Deus quando ia para o emprego?! Isto, imagine, às 8 h. e 45 m. de uma tranquila manhã de Março. Uma partida de Deus? Boa piada. Não amará Deus essas maliciosas surpresas? Um pequeno Deus folgazão?! Ele ficou doido. Começou a gritar e a fugir. Que Deus vinha atrás dele. E depois? Bem, lá construíram o prédio com trinta e seis andares, e o outro ficou em segundo lugar. Isto é o trabalho do homem: pedra sobre pedra. É belo. Vamos amar isto? Vamos, é humano, é do homem. E então as crianças cresceram todas e andavam de um lado para o outro, e iam fazendo pela vida – como elas próprias diziam. E então as condições sociais? Sim, melhoraram bastante. Mas uma delas começou a beber, e depois o coração estoirou, e ficou apenas para os outros uma memória incómoda. Parece que sim, que tinha demasiada imaginação, e levaram-na ao médico, e ele disse: aguente-se, e ela não se aguentou. Era uma criança. Não, não, nessa altura já tinha crescido, bebia pelo menos um litro de brandy por dia. Nada mau, para uma antiga criança. A verdade é que era uma criança, e não se aguentou quando o médico disse: aguente-se. E as ruas são tão tristes. Precisam de mais luz. Mas nesta, por exemplo, já puseram mais luz, e mesmo assim é triste. É até mais triste que as outras. Estou tão triste. Vamos para férias, para o pequeno paraíso. Contaram-me que ele tinha uma alegria tão grande que não podia aguentar um copo na mão: quebrava-o com a força dos dedos, com a grande força da sua alegria. Era uma criatura excepcional. Depois foi-se embora, e até já desconfiavam dele, e embarcou, e talvez não houvesse lugar na terra para ele. E onde está? Mas era uma alegria bárbara, uma vocação terrível. Partiu. E agora chove, e vamos para casa, e tomamos chá, e comemos aqueles bolos de que tu gostas tanto. E depois? Ele era belo e tremendo, com aquela sua alegria, e não tinha medo, e só a vibração interior da sua alegria fazia com que os copos se quebrassem entre os dedos. Foi-se embora. 
Herberto Helder 
Os Passos Em Volta 
Editora Estampa, 1963


© Claudia Rogge

Hoje Sinto-me Assim:
Gente Séria Não Se Ri No Metro.



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Claudia Kahlo.



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Claudia Schiffer como Frida Kahlo.
Por Karl Lagerfeld.
Para a Vogue Germany Fev. 2010

Necrolatria.



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Foi muito depois dele morto que comecei a gostar de Ayrton Senna. Uma pessoa cresce.

Recordação Temp's D'Images.



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© Marta Mateus e Raquel Freire - NÓSOUTRXS. 
Recordação do Festival Temps D'Images 2009. Ali na parede.

Método Agustina.



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ANÚNCIO PUBLICITÁRIO  

Procura-se companheira/o para relacionamento poético sério. 
Apenas se exige que saiba dizer que o surrealismo é coisa para ter morrido no século XX. 

David Teles Pereira

Sim, andei a ver as Tardes da Júlia.



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Homem manda despejar camião de entulho em cima da vizinha. "Ele sempre gostou de meter o bedelho", afirma ela.

Art History.



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© Vuk Vidor

Homero é merda.



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Pois claro, Flash Gordon é que é. Cá agora grecomanias. Mas desde quando quando é que gostamos de gregos? Já não me lembro da última vez que gostasse de um heleno. Desde o Charisteas àquela ave rara de fato branco que cantou o Shake Shake Shake Amor na Eurovisão - a minha emissão preferida do ano inteiro desde que acabaram os Jogos Sem Fronteiras - que cada grego nasce mais desgraçado que o anterior (e agora ainda por cima há aquela estória da crise). 2004 foi definitivamente uma tragédia grega.

Mercúrio.



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Ah pois é, e isto foi a final do Termómetro Unpluged 2010, a 30 de Janeiro, no LX Factory.
Ganharam os Black Taxis, uns norte-americanos escondidos na Alemanha e um bocado engraçadotes.

Parisian Love.



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A Google lançou o seu anúncio do dia dos namorados num dos intervalos televisivos mais rentáveis e concorridos de sempre, tanto para as marcas como para as emissoras de televisão: o do Super Bowl 2010, final do campeonato de futebol americano. Só para se ter uma noção, cada anúncio apresentado, não excedendo os 60 segundos, custou entre 2,5 a 3 milhões de dólares. O anúncio da Google, baptizado de "Parisian Love", embora tendo tido custos de produção baixíssimos (como, de resto, se pode comprovar pelo vídeo), assenta numa belíssima ideia acabando por se ter revelado um sucesso. Foca-se no potencial de pesquisa do motor de busca mais famoso do mundo, adaptando-o à época de S. Valentim.


Respondendo a essa tua questão:



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O igualitarismo estende-se ao cinema das mundanalidades. O mesmo será dizer: Todos temos os nossos filmes. Varia a forma como escolhemos exibi-los; ou as razões que temos para guardá-los.

Os Conselhos que Vos Dou, por Paulo Furtado.



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Queda-Livre.



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The Free Fall
by Ryan McGinley
with Agyness Deyn.

Toxinas Bem-Amadas.



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Sei que o Benfica joga quando abro a janela e entra por aqui adentro um fedor a coirato que não se pode.

Nuestros Hermanos e a Floricultura.



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Uma coisa é certa: a gente estranha que faz pesquisas do género camisolas com capuz com malmequer em espanha, vem parar a este blogue.
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O ARQUIVO.

OS VOYEURS.