SPEAKY TV.



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Sempre achei estranhíssimo ver o Fernando Alvim em vídeo. Habituada de início a tê-lo unicamente como uma voz da rádio, surpreendeu-me encontrar nele uma daquelas pessoas com um sorriso que nunca fecha. Desconfio sempre de pessoas infinitamente sorridentes, inesgotavelmente simpáticas - há nelas qualquer coisa de maquinal, qualquer coisa de quase desumano. Estreou há dias a Speaky TV, a TV online do Alvim, onde ele é apresentador. Grandioso cenário, não tão grande realização. Parece-me também que o assento do apresentador será deveras mais confortável que o dos convidados, cingidos a um estreito banco de jardim, que tem o aspecto de 29,99€ no AKI. Resta-me agora esperar grandessíssimos convidados e o dia em que ele se livre daquele sorriso e que a sua figura, por ora humanizada, me traga enfim algum conforto
(já antes declarei isto: noutro contexto, acerca de um outro interveniente).

QUANDO SE VAI UM FAMOSO VÃO LOGO MAIS DOIS OU TRÊS /
A MORTE É UMA PUTA.



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Pina Bausch, por Walter Vogel
Pina Bausch (1940 - 2009) 
Cafe Muller (1978 -____)

Uma só coisa me maravilha mais do que a estupidez.



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15-2-2008.
Vou fazer dele o escolhido, o de cuja largura da lombada seja a menor - cruel - e cujo autor me agrade - melhor. Há-de ter de preferência capa escura , será preto, o ideal.
É de Miller. Tem mesmo capa preta. Páginas:62. Não poderiam ser muitas mais. Uma tarde não é muito mais que 62 páginas. É 62 páginas, este banco de jardim, um rio de espelhos sépia pintalgada por detritos, novelos voadores de mosquitos e um sol de Fevereiro que, aposto: será eleito o melhor do ano. Dizem que este é sol para provocar pneumonias, eu bem que tenho as costas quentes, "Há uma luz que mata", leio. Este livro nunca antes foi folheado. Se sim, uma ou duas vezes não mais, de modo que ninguém lhe mudou este 'umaa' para 'umas'. "Nós não queremos abrir feridas antigas...compreende?!", leio.
De quando a quando olho a cidade e certifico-me que não sei contabilizar quanto dela trago em mim. "Uma só coisa me maravilha mais do que a estupidez com que a maioria dos homens vive a sua vida: é a inteligência que há nessa estupidez" "Levantou-se no exacto momento em que o sol derramou sobre a terra o último rubor dourado".


lia eu naquela tarde 'O Sorriso Aos Pés Da Escada', de Henry Miller.

BEM-ME-QUER, MAL-ME-QUER



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Pushing Daisies (2007)
 de Bryan Fuller
 
Criada por Bryan Fuller, "Pushing Daisies" é uma série divertida que conta a história do jovem Ned, um rapaz com um dom muito especial: com um toque pode fazer os mortos reviverem. Ned é um pasteleiro bem-sucedido que usa muito bem o seu dom, pois com um leve toque, as frutas, o ingrediente principal de suas tortas, enchem-se de vida e sabor, o que faz com que a "The Pie Hole" seja o lugar ideal para se apreciar uma boa sobremesa. Ned partilha o seu segredo com Emerson, um detective particular que o convence a utilizar o seu dom para resolver casos de homicídios. A situação complica-se quando Ned ressuscita Chuck, o seu primeiro amor, mas não suporta a idéia de voltar a perdê-la. Ned terá que viver sem nunca mais encostar um só dedo na bela Chuck, pois senão ela volta a morrer e, desta vez, para sempre Entre os personagens exóticos que completam a série estão Olive Snook, a bela empregada da pastelaria apaixonada por Ned; e as malvadas tias de Chuck, Vivian e Lily ambas ex-nadadoras. RTP

ATMOSFERA NEOREALISTA.



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Atmosfere Neorealiste: Anima Latina e, Seduzioni Retro
Photographer: Wendy Bevan
Model: Elisa Sednaoui
Marie Claire Italy May 2009

MJ.



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Acordei com o meu pai a berrar "Morreu o Michael Jackson. Ele era meu fã...". Borrifei-me completamente, não estivesse eu a levantar-me do sonho em que me morria o meu irmão. Passo a explicar: chego eu ao hospital ainda sem saber porque fui. Chega uma enfermeira e diz "Olhe, morreu o seu irmão." "Já? Mas ainda agora cheguei!" "Pois foi." "Como é que morreu?" "Com a boca aberta". E foi isto, confirmada a morte começa toda uma maratona de choro, berro, pontapé (admiro-me agora do desleixo deste meu sonho, tão incompleto em adereços. Nem uma máquina de chocolates havia para eu sovar. Consolei-me com as paredes), guinchos (não fosse ele o irmão que me oferece livros no aniversário), nonsense (chega, que eu sei que ele vem aqui a ler isto, sentir-se sobrevalorizado e chantagear-me-á assim que surja oportunidade). Estava eu já no estado lastimável em que se começa a querer perguntar coisas a Jesus e volta a enfermeira: "Olhe, afinal foi engano. Mas era um muito parecido" Mando-lhe uma chapadona e digo "Você é parva!" Entretanto, calculo que desperto pelo barulho do estalo, aparece o meu irmão com um blazer da Zara. Estava na hora de uma das cinco orações diárias e os muçulmanos presentes, a querer pôr-se de gatas para Meca, começam um reboliço com as cadeiras da sala de espera, que muçulmanos há-os em Coimbra - resmas, resmas e resmas de muçulmanos há em Coimbra, ui se os há - tapetes é que não. E ficámos ali os dois: a debater se será Meca verde, que nos tem parecido que sim.

[ Sempre observei no meu irmão a hábil arte de dormir com os olhos semiabertos, ao jeito de um morto-vivo. A boca, igualmente ]

Coisas Primárias.



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Cada vez que, por isto ou por aquilo, ouço questionar a sanidade, a perversidade, a ética, a moral de um professor ou professora - coisa tão em voga nos dias que correm - me vou recordando da minha professora de primária que, padecendo de ocasionais quebras de racionalidade e constantes quezílias com o presidente da Junta, decidiu em belo dia pôr os petizes a simular o derramamento de sobras fisiológicas directamente para a fossa que havia a céu aberto nas traseiras daquela escolinha de pardieiro. Disso fez belas, mas belas fotos, endereçadas à posteriori com afinco ao tal autarca, um provinciano que pelo ar deve apreciar muitíssimo presunto e tremoços ao domingo. Às vezes, ainda me dói o âmago e o estômago de pensar que o Carrasqueira , que até em nome é rude (quase se podia chamar por Carrasqueira ao mesmo tempo que se puxa um escarro), viu certo dia o retrato da pilinha do Nelson, do tutu da Celine, do pipi da Lili. Éramos três.

[ Ela, pediu a reforma. Já não pinta os lábios nem o cabelo. Deve passear a cadela todas as manhãs, mas só a vejo em sábados. Agora ri-se. Mas com um jeito sonso, muito sonso, de quem não sabe bem o que está a fazer - notável ausência de estaleca. Gosto particularmente quando me reencontra na rua e me gaba o sorriso que "é o mesmo" - à parte a passagem dos dois aparelhos ortodônticos. Uma vez, mandou-me com uns tabefes e dois dias de fixação num caderno de quadrículas e lágrimas por eu, no 2º ano, não fazer a mais pálida ideia de que diabo vinha depois do
9999 - Nove Mil Novecentos e Noventa e Nove
9999 - Nove Mil Novecentos e Noventa e Nove
9999 - Nove Mil Novecentos e Noventa e Nove
9999 - Nove Mil Novecentos e Noventa e Nove
9999 - Nove Mil Novecentos e Noventa e Nove. ]

QUEM É QUEM?



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Vá, esta é fácil.

SONHEI QUE.



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Sonhei que incendiava o Burger King do shopping e que aquilo ficava a cheirar ainda mais a esturro que o habitual. As pessoas, por sua vez, ficavam escandalizadas e enlouquecidas pela falta de manutenção da sua dependência por cheeseburgers. Anunciava-se nos jornais a cabeça a prémio do autor de tal atentado.
Sim, eu detesto o Burger King - Isto é um sonho.

AH, COMO EU AMO O CANADÁ!



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Mass Romantic 
The New Pornographers

|

GOSTO DISTO.



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Assim
 
e também em acústico

DORMIR DE MEIAS / SONHEI QUE.



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Sonhei que ia ali e incendiava um gajo vestido de astronauta (um tipo que irritava. já estava eu a regá-lo de gasolina e ainda estava ele irritante), num terraço dessarumado, cheio de budegas e budeguinhas (devia haver ali uma espécie qualquer de reprodução), só visto, e que o deixava assim, a arder, e que vinha depressa para casa, pôr-me à janela do quarto a apreciar aquilo, o belo espectáculo pirómano (como fazemos na passagem de ano - vemos em paris, em sidney, no funchal, só que aqui era num homem! num terraço de budegas! que sonho pobre!), e que passado, vá, coisa de anos poucos, uma fotografia do sucedido é a nova capa de um disco dos Sonic Youth. Freud, meu andróide, ou os meus sonhos revelam inconscientes pretensões a Jeff Wall ou então não sei o quererá dizer isto. ( agora vou dormir com a certeza de que não hei-de sonhar esta noite - está um calor do caraças para calçar meias. )

SABEM O QUE É A COSMÉTICA?



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"A cosmética é a teoria feminina do cosmos". 
Pedro Paixão

COISO.



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Afinal, após voluntárias e diárias audições, declaro que me deixei fulminar de amores por toda esta canção. Desde já as minhas mais sinceras desculpas a todos os eventuais afectados pelas minhas declarações - as anteriores ou esta mais recente. Tinham de ser. Pelo menos a este nível - sonoro, contemplativo - jamais me permitirei ser mausoléu para remorsos e achaques.
(o meu semblante olha isto todo descontraído)

7



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Este poema exigiu 7 folhas de papel.Para escrevê-lo já fumei raivosamente 7 cigarros
e rasguei-o 7 vezes.
7 é um mau número: é o número 13 da minha vida.
Segundo várias aritméticas, não é divisível por 2,
e eu tenho horror a todos os números (e a todas as coisas)
não divisíveis por 2.
Sexta-feira, 7...
Isto hoje não acaba bem...
Vai a chuva ficar chovendo para sempre.
O meu relógio vai continuar disparado,
marcando horas inexistentes.
Ah se os ponteiros andassem para trás!
Ah se ao menos a chuva chovesse para cima
e eu fizesse destes nulos versos
uma folha nocturna e molhada!

Abgar Renault 
A outra face da lua (1983) 
Obra poética Record, 1990

A PITCHFORK ENTREVISTA SONIC YOUTH.



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1. INTERVIEW 
Sonic Youth I'm Not Wearing Any Fucking Bowtie

2. INTERVIEW Sonic Youth 
The Mainstream's Infiltrating Us

LORD OF THE FLIES*.



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* OU: Yes, We Can criar um messianismo tão desmedido quanto parvo em torno de Obama.

E O PRÉMIO PARA BANDA COM O MELHOR NOME DA HISTÓRIA VAI PARA:



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| The Pains Of Being Pure At Heart

ESTE VÍDEO É UM BOCADO MAU, MAS...



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SONIC YOUTH Sacred Trickster

ALGUMA COISA NÃO ESTÁ CERTA.



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A comida que comes afecta-te a mente assim como o corpo. É preferível comer comida vegetariana. A carne tem por base a morte de animais, é por isso um alimento que tem dentro uma carga de violência.

***
[ ainda assim, aproveitem o link que vos leva ao movimento Nova Era na wikipédia - é o 1º - que lá descobri duas ou três ideologias altamente perlim-pim-pim, muito muito avant-garde, que toda toda encantada me deixaram, sem que nada parecido esperasse eu de uma je ne sais quois alternativa como esta. Afinal está p'ra chegar aí um Quinto Império sem o copinho-de-leite do D. Sebastião! Afinal,"Deus" sou eu, e és tu! ]

APONTEM NAS VOSSAS AGENDAS.



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2012 

15 de Abril 
Centenário do naufrágio do famoso transatlântico RMS Titanic. 

20 de Maio 
Eleições presidenciais na França. 

Eclipse solar anular.

      31 de Dezembro 
      Expira o prazo do Protocolo de Kyoto 


      Sem data confirmada
      Inauguração do novo complexo financeiro no Ground Zero, conhecido principalmente pela Freedom Tower, em Nova York, EUA

       Dia do Juízo Final
        ***
        [ de tão fascinada que estou com este vindouro ano, lhe dedico uma etiqueta exclusiva neste blogue, a qual se manterá (ou não) em constante actualização até à data de ... 2012, e quiçá, lhe sobreviverá. Logo veremos. Agora, a questão por que todos ansiávamos: onde estará o Cristiano Ronaldo daqui a 3 anos? Ora, sendo que 2009+3=2012, cum catano e deuses me abençoem que percebi agora a merda da publicidade. "Que é que faziam se o mundo acabasse amanhã?", pergunta Daniel Oliveira, Carla Matadinho ou Malato durante um imprescindível vox pop no Bolhão - onde se vendem os derradeiros pimentos, as derradeiras gardénias, uma derradeira courgette. R: No Dia do Juízo Final espiaremos convictos e deleitados, CR7. Por fim, sucumbiremos. Mas nunca sem antes aviar farnel num Rei dos Frangos - lá se vendem derradeiros galináceos, derradeiras migas, derradeiras toxinas bem-amadas ]

        SEM TÍTULO.



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        De tudo, o que mais me irrita é aquele olharem-me a tentar adivinhar-me as doenças. Depois, uma tosse hiperbolizada à espera de olhos de misericórdia. Nada que os prive de Depois, darem umas gargalhadas quando a palavra "transexual" vem da TV; e depois a espera.
         
        No hospital.
         28-03-2008

        TÊ-VÊ.



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        O Curto Circuito é a Bershka dos programas de TV: gente histérica, cores de ferir as vistas e uma música de fundo que martela a sanidade a qualquer um, que ainda me pergunto como é que abébia alguma consegue espectar àquilo. Enquanto uns se perdem assim, eu perco-me pelo canal noticioso ao deixar-me ficar a ver o Ahmadinejad discursar e a imaginar que, detrás do ombro dele aparece, com a verruga e toda a idoneidade que o caracterizam, o Emplastro do Porto a mostrar a dentadura enquanto faz "V" de VOTA com os deditos e a avisá-lo, ao palrador, num dialecto grunhido entre o tripeiro e o persa, que o pai está a chamar para jantar. Aqueles dois só podem ter o mesmo centro nuclear, aqueles dois só podem ter nascido do mesmo par de tomates, e ainda um dia isto se há-de confirmar e vir a público. Isso é que era uma bomba.

        NO BAÚ.



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        Rescaldo da noite - breve nota para memória futura.
         ??-??-2007 
        Chegar. Fazer REC a toda uma série de interpretações de bichices que acompanhei de silêncios fartos ou risadas gastas enquanto o jantar que era e foi grelhado misto mais as batatas que eram fritas ultracongeladas e o arroz que com ervilhas era sem sal sem que o tenha reclamado em tempo para tal. Comer. Observar. Havia o taparuére com peixes eram dois e nunca os vi quietos se os peixes param que acontece? flutuam? caem? Sair. Seguir atenta o gato que passa, demagogo como todos. Um gato tem queda para alturas. Que importa se gato sim se gato não se gato igual a sete vidas? Que caia. Um gato tem queda para alturas. Observar. Aquela porta não está ali há muito ou em alternativa os meus olhos angulam novas amplitudes intangíveis até então. Desviar. Espreitar. Confirma-se que ao espreitar correio alheio se abrem horizontes para criaturinhas fardadas. Correr. Manchar. Manchei as mãos de negro em duas nódoas de tinta – as mesmas que foram hoje as tuas íris líquidas. Custa-me tê-las assim em mãos a supor o quão difícil hão-de ser de limpar. Pedir desculpa pela impressão digital.

        ANDAMOS MORTINHOS POR SABER.



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        Que música é aquela na nova publicidade da Vaqueiro? 
        Oh I like you so very much so much in fact I gotta wake you up
        Sleepy Tigers - Her Space Holiday

        AVANT-GARDE.



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        HINO NACIONAL . SWEDEN.



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        THE HIVES - A.K.A. I.D.I.O.T.

        MEW - CONFOURTING SOUNDS

        SHOUT OUT LOUDS - THE COMEBACK

        PETER, BJORN AND JOHN - YOUNG FOLKS
        THE KNIFE - HEARTBEATS
        JOSÉ GONZALEZ a cobrir The Knife - HEARTBEATS

        MANDO DIAO - DANCE WITH SOMEBODY

        I'M FROM BARCELONA - THE PAINTER(LIVE)

        THE SOUNDS - TONY THE BEAT

        FEVER RAY - WHEN I GROW UP


        LYKKE LI - DANCE DANCE DANCE

        NO BAÚ.



        3 COMENTÁRIO(S)
        O Saco. 
        3-NOV-2007
        *** 

        Procura-se Saco de equipamento desportivo, preto, de marca Nike, com alguma roupa desportiva e um par de sapatilhas, perdido na tarde de 2 de Novembro de 2007, na gare rodoviária da Cidade. Agradece-se a quem o tenha em sua posse que o entregue nessa mesma gare ou contacte o NÚ. ME. RO.

        ***
         
        Exige-se
        A devolução de um saco de equipamento desportivo preto, relativamente feio, um pouco malcheiroso, com pega, de marca Nike, __(o que significa ostentar um símbolo insignificante que por si só torna a relação qualidade-preço do objecto em questão uma grandessíssima merda) com alguma roupa desportiva, __(entenda-se: um par de calças pretas com uma tira vermelha de que, por sinal, gostava bastante e de custo relativamente baixo. Como não vou encontrar muito mais oportunidades destas EXIJO-AS de volta!; uma t-shirt nada interessante por sinal, preta, branca e ligeiramente rosa, com a inscrição ‘Phoenix’ na frente, a qual se deverá ler ‘finix’ e não ‘fónix’; uns collants pretos dada a baixa temperatura do nefasto dia; uma sweat de capuz, cinza e zebrada, onde se poderá encontrar esboçada em lantejoulas prata-pirosinhas a inscrição ‘Wild Life’(acreditar na ameaça!) a qual não apreciava muito mas sendo oferenda de madrinha devia usar) e umas sapatilhas, __(de que gosto agora mais que nunca, que talvez cheirassem a cholé - não tenho olfacto e por muito que tente não arranjo voluntários p'ra dizer-me a que cheiram elas) perdido na nefasta tarde de 2 de Novembro de 2007, pela hora da sesta __(O sol era de Outono e portanto me fazia gostar desse dia. Desloquei-me à gare na categoria de acompanhante e debati durante a espera do autocarro, assuntos vários de que me não recordo com exactidão mas certamente da importância de uma comparação entre o Dragon Ball GT e o Z, isto na gare rodoviária que amaldiçoo-o e pouco frequento que frequentemente apinhada está de gentes todas diferentes e todas iguais, mais iguais que diferentes, gentes todas pouco estranhas e todas banais, que gritam, espalhafatam e arquitectam a minha enxaqueca (a mesquinhez saloia da terceira idade com a fruta da semana nas canastras, o cio jovem daquela minha vizinha desmiolada orgulhosamente ornamentado de leviandade e um te-le-mó-vel); a gare que tem bancos verdes onde me recordo sentada sem recordar lembranças de especial felicidade (antes frio) a não ser a de pacotes matutano em minutos precedentes às horas em que costumei apanhar autocarros-destino-casa onde não gostava de andar; cuja sala de espera tem radiadores de aquecimento desligados ou avariados três quartos do ano, sendo que o quarto quarto nunca corresponde aos três meses de Inverno; onde está o sorriso cínico do dono da loja de doces. Recordo as pastilhas e a excitação-à-5º ano pela chegada de remessas de novas parafernálias de doces em cujas caixas a inscrição ‘Novo!’ ou ‘Nuevo!’ a vermelho, circundados de um balão bicudamente recortado, geralmente amarelo: ele eram bombas ácidas, ele eram chupa chups com recheio, ele eram pastilhas Gorila de melão. Ou Bubblicious de algodão doce. Recordo ainda as esperas infinitas pelo autocarro das dezoito e trinta que na realidade era sempre às dezoito e quarenta e dois, a que precediam alheias ferozes disputas pelo recorde de pontuação máxima de Snake II em Nokias 33-10 ou 33-30, de capa azul ou cinzenta escura, ou de alternativas capas com golfinhos azuis que tomam de assalto ondas de oceanos, e com bonecada autocolada rosa que lá está porque está também noutros. Recordo ser sempre noite porque o autocarro que me levava era demasiado de manhã e o que me trazia de volta demasiado tarde. Recordo o chão sujo e os contrastes ao entrar na casa de banho (falta de papel no rolo, excesso dele no caixote do lixo). Vastas vezes essa gare fede a carapau frito, dado o restaurante fulo de petiscos, de preços convidativos apesar de tudo. Lembro algumas caras e a inquietação, todo o formigar. Lembro as histórias contadas a meu lado, por formigas, que cantam vitórias suas e maldizem a vizinha cigarra porque cantou. Lembro-me de me sentar, de esticar os pés e de os ver a eles e às sapatilhas. Lembro-me dos meus pés na gare e do frio dos meus pés por estarem na gare. Lembro-me de Dezembro na gare, que lá era relativamente bonito e genuíno mas só porque o é em todo o lado, nada mais. Lembro-me até de mim a correr para apanhar um autocarro, de caixa de presépio debaixo do braço a fim de lhe dar uso dias depois. Lembro-me de como já nessa altura a amaldiçoava e detestava. Reparo que tudo o que me separa desse tempo são estes centímetros de altura e esta melancolia. Isso e a falta do meu saco de equipamento). Exijo tudo de volta! Pede-se que se devolva na gare ou que se contacte o NÚ.ME.RO.  

        Dá-se recompensa: a quem me dê tudo de volta. perdoa-se a expropriação e dispensa-se a devolução do dito saco a esse alguém, caso me traga tudo de volta.

        TÊXTEIS INFANTIS.



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        Fui muito infeliz.

        SEM TÍTULO.



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        Subir a rua a pensar tudo quanto ela não é:
        - limpa, nova, simétrica, soalheira, habitada - não é. 
        Subir a rua a pensar tudo quanto ela não é: 
        - não é limpa, não é nova, não é simétrica, não é soalheira, não é habitada - não é. 
        E subi-la a pensar que bem me ficava subi-la a fumar um cigarro, se fumasse - e não fumo. Subir a rua a pensar tudo quanto ela não é: - se é suja, se é velha, sinuosa, sombria, abandonada - ela o é.
        E subi-la a pensar que bem que me ficava subi-la a fumar se fumasse e não fumo pelo que mais rapidamente chegarei a casa e depois me recolherei a estudar porque "tem de ser" e sentar-me e só pensar que bom que é - que bom é - que o avô não tenha ainda - não tenha ainda decidido morrer - que me não dava jeito nenhum essa morte iminente agora às portas de um exame, que é no verão, saison tão propícia às mais diversas sucumbências aiadas - se bem me recordo.
        E admirar-me, ouvindo-me, deste meu pensamento. 
        Admirar-me, mirando-me, deste meu pensamento e deste meu enorme egoísmo.
        - Já os trago desde que vinha a subir a rua. 
        Que é suja, velha, sinuosa, sombria, abandonada. 
                                   (ri-go-ro-sa-men-te a mão dele)

        BELTRANO.



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        | Polite Umbrella
        de Joo Youn Paek
        www.jooyounpaek.com

        FULANO.



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        |
        Erik Johansson
        Há o rei dos frangos e o rei do Photoshop.
        O que eu gosto da monarquia.
        www.alltelleringet.com

        BING!



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        |
         
        WWW.BING.COM
        É o novo motor de busca da Microsoft, todo XPTO pelo menos no que respeita a pesquisa de imagens. Deixa-me escolher se as quero deitadas, quadradas, de pé, coloridas, monocromáticas, com cabeça, com ombros... gosto muito. Ainda por cima, é giro.

        AS PALAVRAS DE JOÃO BÉNARD DA COSTA.



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        a _q _u _i

        ¿Por qué no te callas? #2



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        A Coisa Berlusconi
         
        Não vejo que outro nome lhe poderia dar. Uma coisa perigosamente parecida a um ser humano, uma coisa que dá festas, organiza orgias e manda num país chamado Itália. Esta coisa, esta doença, este vírus ameaça ser a causa da morte moral do país de Verdi se um vómito profundo não conseguir arrancá-la da consciência dos italianos antes que o veneno acabe por corroer-lhes as veias e destroçar o coração de uma das mais ricas culturas europeias. Os valores básicos da convivência humana são espezinhados todos os dias pelas patas viscosas da coisa Berlusconi que, entre os seus múltiplos talentos, tem uma habilidade funambulesca para abusar das palavras, pervertendo-lhes a intenção e o sentido, como é o caso do Pólo da Liberdade, que assim se chama o partido com que assaltou o poder. Chamei delinquente a esta coisa e não me arrependo. Por razões de natureza semântica e social que outros poderão explicar melhor que eu, o termo delinquente tem em Itália uma carga negativa muito mais forte que em qualquer outro idioma falado na Europa. Foi para traduzir de forma clara e contundente o que penso da coisa Berlusconi que utilizei o termo na acepção que a língua de Dante lhe vem dando habitualmente, embora seja mais do que duvidoso que Dante o tenha utilizado alguma vez. Delinquência, no meu português, significa, de acordo com os dicionários e a prática corrente da comunicação, “acto de cometer delitos, desobedecer a leis ou a padrões morais”. A definição assenta na coisa Berlusconi sem uma prega, sem uma ruga, a ponto de se parecer mais a uma segunda pele que à roupa que se põe em cima. Desde há anos que a coisa Berlusconi tem vindo a cometer delitos de variável mas sempre demonstrada gravidade. Além disso, não só tem desobedecido a leis como, pior ainda, as tem mandado fabricar para salvaguarda dos seus interesses públicos e particulares, de político, empresário e acompanhante de menores, e quanto aos padrões morais, nem vale a pena falar, não há quem não saiba em Itália e no mundo que a coisa Berlusconi há muito tempo que caiu na mais completa abjecção. Este é o primeiro-ministro italiano, esta é a coisa que o povo italiano por duas vezes elegeu para que lhe servisse de modelo, este é o caminho da ruína para onde estão a ser levados por arrastamento os valores que liberdade e dignidade impregnaram a música de Verdi e a acção política de Garibaldi, esses que fizeram da Itália do século XIX, durante a luta pela unificação, um guia espiritual da Europa e dos europeus. É isso que a coisa Berlusconi quer lançar para o caixote do lixo da História. Vão os italianos permiti-lo?
         
        José Saramago. 
        ( Publicado ontem no jornal espanhol “El País”)

        7 DE JUNHO.



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        O meu pai gostava era de não ter canhotos cá em casa.

        CENTRAL MUSICAL.



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        O Central Musical é indubitável e actualmente um dos meus sítios preferidos na web. Lá se fazem hospedar óptimos concertos dados em território nacional, quer sejam em espaços fechados ou abertos como no caso dos festivais de verão, nomeadamente o do Sudoeste TMN com forte presença no site. As actuações são apresentadas quase sempre na íntegra e com boa qualidade de visualização, ou pelo menos bastante superior à que usualmente nos é oferecida noutras plataformas como o youtube.
        Só para dar alguns exemplos, visitando hoje a página, teremos á nossa disposição o concerto dos Handsome Furs no Musicbox do passado dia 22 de Maio, B Fachada no Maxime e Os Quais na mesma sala, Linda Martini no Santiago Alquimista, Beach House, Animal Collective, The National, Cat Power, entre muitos outros.
        Vale a pena a visita.

        SEM TÍTULO #2.



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        Alex Asher Daniel

        SEM TÍTULO.



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        DECLARAÇÃO DO ANO:



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        Os Beatles são fixes.

        *

        *All My Loving.

        É A CARA CHAPADA.



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        O Vital Moreira é a personificação do Geppeto.
        (que bigode tão aparado)

        PARA QUEM GOSTA DE DOMAR ESQUIZOFRÉNICOS



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        aqui:
         


        ( tem dois dedos de DADA, outros tantos de O'Neill e uma pitada daquele poeta brasileiro cujo nome não me lembro. Digo eu.)
        (http://luisbelo.com/pestanadefogo)

        NÃO TEM NADA A VER COM O TRIÂNGULO DAS BERMUDAS.



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        Um avião da Air France está desaparecido há 8 horas. É isso e a minha vontade de estudar.
        Mas esta última, há mais tempo.
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        O ARQUIVO.

        OS VOYEURS.