Excelentíssima madame, eis que primeiro vou descrever o seu esplendoroso vestido e logo a seguir, sim, a despirei com toda a ansiedade possível.
Belo programa, meu bom senhor. Mas essa primeira parte, não poderá saltar-se?
Excelentíssima madame, eu sou um escritor, não sou um fornicador.
Oh, meu bom senhor, que pena.
Gonçalo M. Tavares
“Flaubert”
Biblioteca, Campo das Letras (2004)
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