O que me preocupa verdadeiramente
n e s t a s entrevistas que Mário Crespo insiste em fazer, anualmente ou quase, a António Lobo Antunes nem é bem o ar altamente baboso do entrevistador ao ler passagens (
e, diga-se de passagem, durante toda a restante entrevista), nem sequer a
ronha ronha palavreada do costume do entrevistado, de ano para ano, mais crente da divindade da sua escrita (
não sou eu, é um anjo), ou tampouco a nimiedade -
a um triz da osbscenidade - de palmadinhas recíprocas nas costas de um, nas costas do outro; é mesmo tentar perceber se aquelas camisolas de malha e camisas azul-bebé são, ou não, as mesmas todos os anos.