( Com as devidas supressões. )
Para o Diogo
A juventude - Diogo - é um tom necessário na textura da almofada que mostra-se, muitas vezes, em vincos dolorosos. Ter 20 e picos anos é garantir a fortuna da boa disposição e ter acessos de cólera (...). É a raiva de não encontrar vida nas palavras de um livro, quando se tem a tua idade. Pouco tempo depois, ficamos mais velhos, por várias razões, e o segredo parece ser não viver. Mas como é possível estar morto antes do tempo? Como é possível não sermos contemplados com a ausência de alguém? Não vivendo? Talvez. E se formos o morto fingido que nunca reage às queimaduras do fogão? As cicatrizes permanecem. Até nos mortos que fingem andar por aí. Pequenas coisas: tens pouco tempo para uma vida gloriosa. Aproveita estas folhas que ainda estão nas árvores mas não descanses neste Verão, nem no outro. Vive, enquanto não és um morto vivo a ler a vida em páginas desta biblioteca itinerante chamada poesia.
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