Há muitos gatos pela casa do poeta. Como também os há na poesia de Manuel António Pina. Poemas que são como gatos: insinuantes e discretos mas simultaneamente, aos poucos, ocupantes quase invisíveis de um território cada vez mais vasto. Em cada gato há outro gato, escreve. Tal como em cada poema há outro poema, sugere o poeta. Em mais de trinta anos de actividade literária, Manuel António Pina tem-se desdobrado entre a poesia e a literatura infantil. Uma e a mesma coisa, assegura o poeta com aquele seu sorriso sempre na fronteira entre a candura e a ironia. Com ele e com as palavras está-se em boa companhia.
A introduzir uma entrevista de 2006 à Revista LER, dirigida por Carlos Vaz Marques. Para ler na íntegra aqui.
A introduzir uma entrevista de 2006 à Revista LER, dirigida por Carlos Vaz Marques. Para ler na íntegra aqui.
Uma vez um anjo apaixonou-se por van gogh e veio vê-lo
van gogh pintou-o naquela cadeira, te acuerdas federico bajo la tierra?
o anjo depois foi-se embora e van gogh ficou com o tabaco estragado
mondrian também tinha um anjo mas o dele era mau
não se importava com coisa nenhuma batia-lhe nos olhos
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