- Mesmo a propósito. Por falar neles, eis que a edição de hoje do Ípsilon dá o devido destaque ao bando de barbudos cantores que vão proliferando em catadupa pelos cantos da capital: no fundo, a Flor Caveira, a Amor Fúria e (alguns) amigos, estampados na capa do suplemento e revelados em autópsia detalhada mais à frente. Diz-se que inventam um país canção a canção e que já não se via em Portugal um movimento pop assim há mais de 20 anos, época de Variações, Heróis do Mar ou dos primórdios dos GNR de Rui Reininho, todos eles claras e assumidas influências. Analisam-se, de entre outros, o lado western de Samuel Úria e o bigode camiliano de João Coração. Mas há também Guillul e Manuel Fúria - cabecilhas - 'o pregador baptista que toca rock'n'roll' e 'um enérgico catalisador', respectivamente. Fala-se ainda das influências musicais (os já referidos Heróis do Mar, Variações, e Bob Dylan e Tom Waits que foram limpar da cabeça dos moços a ideia de tornar as cidades-natal em Seattles portuguesas) percebem-se as cinematográficas (Os Golpes - 400 Golpes : pisca-se o olho a Truffaut, para não falar dos cursos de cinema mais ou menos cumpridos mais ou menos falhados que constam dos currículos) e abordam-se as literárias (João Coração a cantar nos seus versos nomes como Saramago e Lobo Antunes). E depois, é claro, fala-se, como não poderia deixar de ser, em Os Pontos Negros. Mas não toquemos nesse ponto. Por causa da minha tensão.
"Primeiro foi Tiago Guillul, depois Os Pontos Negros, pelo meio b fachada, Feromona e agora Samuel Úria e João Coração - e ainda faltam Os Golpes: há vinte anos que não havia pop tão à vontade em ser portuguesa, tão orgulhosa de ter um pé em Nova Iorque e outro no subúrbio. Quem é esta gente que entra de rompante pela nossa música adentro? Fomos falar com os cabecilhas, Tiago Guillul e Manuel Fúria, e com os seus cúmplices, Samuel Úria e João Coração." João Bonifácio
Tudo isto muito a propósito do lançamento dos discos de Úria e Coração. E para mais é comprar o jornal ou visitar os MYSPACE de cada um.
- O Louis!
"Louis Garrel podia ser só um rapaz com pinta de ícone pop (Hedi Slimane e Bruce Weber têm estado atentos), impossivelmente bonito (temível distracção numa entrevista), mas também se impôs como um caso à parte enquanto actor - com o realizador Christophe Honoré, sobretudo desde o fulgurante "Em Paris" (2006), tem projectado uma graciosidade quase burlesca, como um Jean-Pierre Léaud (referência assumida) para o século XXI.Tem 25 anos mas é tarde demais para falar dele como “jovem esperança”. Garrel-filho regressa num filme de Garrel-pai, “A Fronteira do Amanhecer”. Entrevista com Louis Garrel, o belo."
- Os Lightning Bolt!""Quando Joaquim Durães viu os Lightning Bolt em Barcelona, há cinco anos, ficou de "sorriso estampado na cara", radiante perante a "electricidade humana" gerada no concerto." Isto em vésperas do concerto que acolhe o barulhento duo no -5 do estacionamento do Camões ou não sei quê. Quem sair ileso merece prémio.
3 COMENTÁRIO(S):
Conheces o Bruce Weber e o Hedi Slimane? Ass: Amiga do Vergas vulgo Vanessa
Só a segunda ainda que moda não seja a minha especialidade, se é que tenho alguma (?)...
Quanto ao 1º, acontece que o nome é-me bastante familiar mas uma pesquisa google leva-me a acreditar que será mesmo a vulgaridade do nome dele que me levou a crer que era capaz de o conhecer e afinal não sou. E a Vanessa, quem é?
Mas aquela alimária do João Coração alguma vez era capaz de citar Saramago e Lobo Antunes? Essa música é dos Ninivitas!
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