tudo igual
deste lado do espelho,
nesta metade da laranja,
nesta parte da maçã.
a que árvore subimos?
de que árvore descemos?
qual o nome
desses ramos
onde saltamos com os pulmões
repletos da palavra
liberdade?
a bizarra simetria destes ramos
recorda-nos o impossível.
não dormiremos mais.
impede-nos o espelho,
evitam-no os ramos,
exige-o a maçã
perfeitamente unida:
uma só esfera.
tudo igual
deste lado do espelho.
Igor Lebreaud.
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